25 de abril de 2018

O Silêncio da Noite - Capítulo I - Correnteza

Sinopse: Shiryu está cego e Shunrei o leva para um passeio despretensioso que não acaba em tragédia porque Ohko aparece para salvá-la. Mas talvez fosse melhor ele não ter aparecido...
Shiryu x Shunrei. Drama. Romance. Realidade Alternativa. 
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Esta é uma fic de realidade alternativa que eu quis fazer em homenagem à primeira fanfic que eu publiquei, “O Perfume”, dez anos atrás. “O Casamento” foi escrita primeiro, mas Perfume foi publicada antes. Eu quis fazer uma versão alternativa e pesada do retorno do Ohko a Rozan, em busca de vingança... Eu gosto dele. Gosto de verdade. Acho um personagem muito interessante. Mesmo assim quis fazer essa versão. A ideia é acompanhar as consequências dos fatos dramáticos desse primeiro capítulo ao longo das sagas de Saint Seiya. Se vou conseguir? Não sei. Mas quero tentar. Provavelmente terei de adaptar alguns fatos do anime para encaixá-los melhor na fic. Foi muito difícil escrevê-la porque são meus personagens mais queridos sofrendo muito nesses primeiros capítulos, principalmente a Shunrei, mas a ideia é mostrar que eles podem superar o que houve.
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O rapaz rondava Rozan há dias. Espionava a área em busca da melhor hora para colocar em prática sua vingança quando ouviu gritos de mulher ao longe. Ele apurou os ouvidos. Os gritos não cessaram. Estava bem no alto de uma rocha, de onde podia ver o rio caudaloso que se alimentava das águas da cachoeira. Vislumbrou alguma coisa na água. Parecia um braço erguendo-se.
– Parece que alguém está se afogando... – ele murmurou com desdém. –Ah, dane-se. Não vou salvar ninguém.
Mas os gritos continuaram.
– Que droga! – ele exclamou. O braço ergueu-se outra vez e ele viu que se tratava de uma mulher. – Tá, acho que vou salvar essa infeliz...
Ele observou a correnteza com cuidado e viu o braço da mulher erguendo-se pela última vez, já exausto de lutar contra a força da água. Desceu correndo e mergulhou. Era um homem muito forte e acostumado a esse tipo de correnteza, a qual atravessou sem grandes dificuldades. Agarrou a garota com firmeza e puxou-a para fora da água, deitando-a na margem. Olhou fixamente o rosto dela e soube de imediato que era alguém que ele já conhecia.
– Sim... Eu não esqueceria esse rosto jamais... – ele murmurou, observando a face pálida. – Shunrei... Parece que não está respirando.
Ele encostou os lábios nos dela e soprou com força. Com ambas as mãos, pressionou o peito desnudo da moça. Repetiu o movimento várias vezes até ela começar a tossir e cuspir a água que engoliu. Ela abriu os olhos ligeiramente, fitou seu salvador com curiosidade e gratidão, perdendo os sentidos novamente em seguida.
Enquanto ela ainda estava inconsciente, ele observou-a longamente e sem o menor pudor, examinando cada parte do corpo dela.
– Como você cresceu, Shunrei – ele murmurou. – Que traços delicados, que rosto lindo. Essa pele tão alva... e os seios... acho que nunca vi seios tão bonitos...
Admirou-os e teve vontade de tocá-los, de preencher as mãos com eles, apertá-los, mordê-los. Desceu o olhar para a barriga lisa e firme, e mais abaixo, para as coxas fortes de quem estava acostumada a subir e descer a montanha. Subiu o olhar de novo e fixou-se no monte de Vênus, os pelos grossos e escuros protegendo aquela intimidade que, ele tinha certeza, ainda era intocada. E então um pensamento dominou a mente dele. Por que não? Ela estava ali, nua, provocando, se exibindo. Além do mais, seria mais um toque saboroso na vingança contra Shiryu. Ele sorriu decidido e pousou os lábios sobre um dos mamilos dela e sugou ávido, bruto, mordiscou.
– O que está fazendo? – ela berrou ao despertar assustada com o toque inadequado.
Ele não respondeu nada. Com as mãos, afastou as pernas dela. Shunrei  tentou fechá-las, tentou cobrir-se, mas ele impediu.
– Shhhh... estou conferindo o que devia ser meu tanto quanto a armadura de Dragão.
Então ela finalmente o reconheceu. Era Ohko, o antigo discípulo do Mestre Ancião, rival de Shiryu. Os dois nunca se deram bem, mas ela não teve problemas com o garoto no tempo que ele passou treinando. Pelo contrário. Ele a tratava bem, era até gentil com ela, na medida do possível.
– Pare com isso, Ohko! – ela gritou.
– Fique quieta! – ele ordenou, empurrando-a contra o chão de pedra. – Agora você me reconheceu, hein? Não acha que eu mereço um pagamento por salvar sua vida?
– Não! – ela gritou, e outra vez tentou desvencilhar-se do rapaz de olhar alucinado, mas foi inútil. Ele imobilizou-a contra o chão com mais força, tornou a abrir as pernas dela e enfiou dois dedos. Depois os tirou e levou à boca.
– Que sabor delicioso! – exclamou. – Tenho certeza que ele nunca provou, não é?
Shunrei não respondeu. Sua mente procurava um jeito de fugir dali. Não teria forças para enfrentar o rio de novo. Pensou em correr, mas sabia que ele a alcançaria facilmente. Estava sem saída. Gritar por Shiryu também não adiantaria, não na situação em que ele estava...
Ohko continuou olhando-a de forma lasciva e abaixou as calças apenas o suficiente para expor o membro já ereto.
– Ohko, não – ela suplicou, com lágrimas nos olhos. Não queria acreditar que o rapaz faria algo tão horrível. Ele foi um garoto rebelde, mas chegar a esse ponto era algo impensável. – Por favor... não...
– Você vai ser minha – ele disse pausadamente e riu alucinado. – Eu vou ser o seu primeiro homem. O Shiryu tomou a armadura de mim, eu vou tirar isso dele.
Ohko segurou-a com mais força e Shunrei ainda se debateu, tentou se desvencilhar, mas isso só serviu para ele empurrá-la ainda mais contra as pedras, ferindo-a nas costas.
– Ohko... não... – ela suplicou novamente, mas foi inútil.
Ele deu outra risada desvairada, afastou as pernas dela e meteu-se dentro com violência, como se arrombasse uma porta. Shunrei engoliu em seco o choro e a dor. Não queria que ele sentisse ainda mais prazer no seu sofrimento então ela não gritou. 
Ohko movia-se sobre ela e a cada movimento Shunrei sentia como se ele rasgasse seu ventre e seu coração. Ela fechou os olhos e rezou para que a tortura terminasse logo, mas ele estava demorando a se satisfazer. Gemia e gritava coisas vulgares enquanto a estuprava, mas ela ouvia sem dar atenção. Além da dor, da humilhação e da vergonha, ela sentia um nojo quase incontrolável, que estava lhe dando ânsia de vômito.
Quando ele saiu de dentro dela, Shunrei aliviou-se por achar que tinha acabado, mas foram apenas poucos segundos de alento. Ele a segurou como uma boneca, virou-a, colocando-a de quatro, e enfiou-se novamente dentro dela.
– Ohko, para... – ela implorou, inutilmente. – Por favor.
– Cala a boca. Eu sei que você está gostando.
Então ele continuou aumentando a força e o ritmo, até o espasmo final.
– Você não é mesmo digno – ela murmurou quando ele finalmente a soltou. Ainda queria não chorar, mas já não se controlava. – O mestre sabia. Ele sempre soube. Ele tinha razão ao expulsá-lo.
– Cale a boca! – ele gritou, e deu um forte tapa no rosto dela.
– O que é um tapa depois do que me fez? – ela gritou. – Maldito!
Shunrei correu para o rio e lavou-se da sujeira do chão e do próprio sangue. Só não desejou a morte por causa da situação de Shiryu. Lembrou-se dele sozinho na beira da cachoeira, gritou o nome dele e tentou correr, mas Ohko a alcançou facilmente e a derrubou no chão. Na queda, ela bateu a cabeça e desmaiou outra vez.
– Eu vou levá-la para ele! – ele disse. – Mas não vou dar ao babaca prazer de vê-la assim nua e deliciosa. Se ele quiser ver, que seja competente para isso!
Ohko então tirou o casaco surrado e malcheiroso que usava e vestiu-o em Shunrei. Depois, pegou-a nos braços e seguiu tranquilamente na direção do som da voz de Shiryu, que ainda chamava por ela.
Continua...

Quase Sem Querer - Capítulo IX - Parabéns

– Prontinho – Shunrei anunciou enquanto admirava sua obra concluída: o bolo esculpido em formato de gato para o aniversário de Natássia. O...